10/08/2018

[Café com a Lice] Entrevistada: Andreia Nascimento

Olá amores,

Hoje é dia de mais um "Café com a Lice" e trouxe para vocês uma entrevista com um serzinho das trevas, que se finge de boa moça. Espero que vocês gostem de conhecer o coração (que ela não tem) por trás da Malévola.
Porém, antes da entrevista em si, vamos conhecer um pouco mais da Andreia.

"Tenho 27 anos, moro no interior da Bahia. Os meus maiores vícios são séries e filmes. Ler menos do que gostaria. A criação de história sempre existiu em sua vida. Desde criança sempre viveu em um mundo de drama em seu universo particular chamado mente. A primeira ideia surgiu em 2013, mas só virou livro em janeiro de 2015 depois da maternidade, era para aliviar o estresse e ocupar o ócio, então foi surgindo, dominando até a modificação no DNA, certeza! 'Escrever é natural, vem de dentro para fora'."
Agora, vamos a entrevista:

1- Primeiramente, queria agradecer por topar (ser forçada) participar do "Café com a Lice", é um prazer ter alguém tão maléfica no meu espaço do bem haha 
Vamos começar do início. Como você se descobriu escritora? 
R- Muito engraçadinha a senhora. Mas me descobrir escritora acho é algo que ainda não fiz. Eu brinco de digo que nasci assim. Com várias vozes na cabeça, sempre em outra dimensão, com diálogos sarcásticos, descrição de imagens e eventos. Eu nunca fui a internet e perguntei “Como escrever?” ou a qualquer pessoa no mundo. Então eu brinco que é instinto, nasci assim. 

2- Alguns leitores te nomearam como "Malévola", você acha justo esse apelido e o porquê dele? Só para constar, acho bem justo! 
R- Não acho justo, até porque sou fofinha. Mas eu entendo o fato como um “elogio”, vamos dizer assim. Não é minha intenção, mas elas se apegam aos personagens de uma forma que quando ele vem abaixo, elas sofrem. Mas eu sempre deixo pistas dentro do livro, desde que ele aparece. Para ir preparando o coração. 

3- Indo para um lado mais sombrio. Como é para você matar um personagem, você fica gargalhando dos leitores ou sofre junto (partindo da premissa que você possui um coração)? 
R- Eu sofro muito. Não é brincadeira, não lembro de ter matado nenhum personagem que eu não tivesse apego. É complicado tomar esse tipo de decisão, mas quando o enredo vem, junto também acompanha os destinos dos personagens. Geralmente, eu sei como começar e como terminar. A morte sempre deixa uma lição. Você sabe disso, passou por todas elas (hehehe), mas confesso que depois que vocês começam a ler e reagir, eu fico bastante feliz de ter sido capaz de fazer algo que realmente chegou a causar emoção. Então eu choro e sorrio ao mesmo tempo. 

4- Sempre tem aquela história que nos marca profundamente. Qual a sua história preferida e por quê? (nada de dizer que são todas) 
R- Eu tenho um apego sentimental a Over You pelo fato que foi o livro mais reescrito da minha vida. Passei anos com eles na minha cabeça, esperando o momento certo de escrever, apesar de ter escrito várias vezes. Além do mais, eu sinto que foi a coisa certa a fazer, no momento certo. Eu estava pronta em todos os níveis para escrever Over e foi gratificante. Eu fiquei até bem mal depois que acabei. Não consegui “get over it”. 

5- Já que falamos de história preferida, vamos para o campo de personagens. Que personagem você mais gostou de escrever? E qual aquele que detestou? 
R- É uma resposta difícil, muito por sinal. Mas entre todos, a companhia de John Scott definitivamente me fez crescer. Ele é um personagem que tem luz própria, me mostrou vários ângulos da vida que eu não via. Então através dele, eu pude crescer como escritora, como mãe, como humano. Tentei ao máximo trazer a relação paterna que tive, e a relação materna que exerço. Então foi uma troca bem gostosa de se fazer. 
Quanto ao que mais detestei, foi a Bia, sem dúvida. O maior motivo foi saber quem ela seria no segundo livro. Eu me sentia muito estranha, incomodada na presença dela. Era triste, me deixa bem nervosa. No segundo livro, eu fiquei bem feliz quando terminei e me livrei dela (mas não matei) hahaha. 

6- Dizem que os autores sempre colocam muito de si em seus personagens. Qual personagem tem mais da Andreia? E qual característica marcante? (cof, cof, não vou falar que é o Felipe #SóAcho). 
R- Eu não sei muito bem. Mas confesso que Maxine e suas dúvidas e todo aquele sentimento que o “mundo não merece sofrer por mim” tenho bastante. Tenho aquela coisa de “Eu comecei, eu termino” do Pedro e também o fato que eu gosto de lutar as batalhas das pessoas. Adoro saber o que está acontecendo com meus amigos e ajudar a resolver. Ah, eu tenho aquela desconfiança da Abbi, de confiar no que os olhos veem. E por último com certeza eu sou a Carol. A ciência sempre domina muito tudo que faço, inclusive me ajuda bastante na escrita. Felipe e eu só temos nossas dores físicas em comuns. A loucura é apenas dele mesmo. (hahaha) 

7- Você é uma autora independente, que publica suas obras na Amazon e Wattpad. Qual a maior dificuldade nisto? 
R- Divulgar, com certeza. Fazer público requer bastante divulgação e interação. Meu estado atual não permite tanto, mas me esforço. É bem complicado tentar se introduzir em um espaço que já há bastantes em destaques. Certas pessoas têm resistência ao desconhecido. 

8- Você costuma homenagear as suas betas/parceiras com personagens inspiradas no nome delas. A pergunta que não quer calar, quando irá sair uma personagem com meu nome que tenha um boy daqueles? haha 
Brincadeiras a parte, qual foi a primeira personagem inspirada em uma parceira? E qual a motivação? 
R- Foram duas. Ah, Andreia, duas? Sim! Lá vem outra vez falar de Over You. Então, eu estava sem ideias, pois bem, o tempo que minha mente era bem silenciosa, estava pensando em contos. Então eu pedi a Paloma (Julie) e a Maria Luísa (Mary) que me dessem uma música cada uma. Eram contos separados, mas elas eram irmãs. Nessa época eu não tinha muitas betas, na verdade, eu tinha apenas as duas. Então Paloma me deu Over You a música é da banda Daughtry e foi insana a forma como me apaixonei por essa faixa. E foi maravilhosa a forma como tudo caminhou desde então. Colocar nomes é uma forma de ser grata (não importa se você foi a vilã que partiu o coração de um dos mais apaixonantes mocinhos, vulgo Heitor) É apenas uma forma de você lembrar que significou para mim. Sempre lembro das palavras que as pessoas me dizem e como elas fazem eu me sentir. Se seu nome está em um livro meu, pode ter certeza que mesmo quando você não notou, você mereceu. 

9- Ultimamente você tem entrelaçado suas histórias. Alguns personagens de um livro aparecem em cenas de outro. Como surgiu esta ideia? É algo premeditado ou simplesmente acontece? 
R- Depende muito. Como eu digo: Tenho um universo, devo usar sempre. Para mim, faz mais sentido usar o que já tenho do que criar novos. Alguns apenas acontecem, outros são premeditados como Ste, por exemplo. A Laura leu Ste em Got You e disse: Precisa de uma novela para Ste. Eu não sabia o que fazer, Ste é uma personagem mínima, mas as falas dela são sempre engraçadas. Chegando ao final de Apartamento 1407, eu sabia desde que fiz Théo que ele trabalharia no Mendes Memorial. E quando Théo revelou o motivo de não querer relacionamento vi que ele não era apenas o irmão, e estava ouvindo uma música que acho a cara da Ste enquanto escrevi a cena do bar, ali foi total improviso, mas chamei Mary e disse: Rola? Ela disse: Rola. Se ela disse, é porque rola mesmo. 

10- Quais são os seus futuros planos? Tem algum livro novo chegando? O que pode nos contar? 
R- Finalizando eu tenho Got You, mais tretoso do que nunca. Acabei de finalizar duas novelas, Apartamento 1407 na qual você amou Felipe e odiou, um paradoxo. E Amor em Saturno que nasceu pelo mesmo motivo que Paixão em Sonora nasceu. Eu precisava viajar dentro de mim para encontrar o que faltava, então visitei Heitor e Gika. E foi como voltar para casa e rever aqueles amigos que fazem falta quando não está com você. 

11. Para finalizar, vamos a um bate-bola. 
Livro preferido: Novembro de 63 ― Stephen King 
Livro que detestou: Corte de espinhos e rosas ― Sarah J. Maas.(detestou é uma palavra forte, mas não me convenceu, e eu não curto muito fantasia) 
Todo mundo ama, menos você: Futebol. 
Comida Predileta: Melancia. 
Música da sua vida: Train Wreck ( James Arthur) Cada vez que a ouço tem um significado diferente todo aquele paradoxo em forma de música. 
Escrever é: É como respirar. 
Família: My everything and more. 
Um medo: Não ser capaz (Em todos os aspectos da vida). 
Um sonho: Ter um roteiro de drama e filmar esse roteiro também. 
Se pudesse, para onde iria agora: Certeza seria uma viagem cuidadosa pela Europa. Mas queria mesmo conhecer por onde “quase” tudo começou. 

12- Obrigada pela entrevista, parceria e pelos livros que me fazem chorar. 
Deixe um recado para seus leitores ou futuro leitores.
R- Hey, eu não faço por maldade. Mas eu sempre faço com toda energia que possuo. Para você que já leu algo meu e gostou (obrigada!) Leu e não gostou (não tem problema, a vida é exatamente assim) e se você quer conhecer, só vamos para o lado Malévola da força! 
P.S: Seu boy tá vindo de carruagem, só esperar.
Espero que tenha dado para vocês conhecerem um pouquinho da Andreia, como escritora e pessoa (aquela que é esquisita para caramba).
A Andreia foi uma dessas pessoas que acabei conhecendo no mundo literário e que se tornaram especiais por simplesmente buscarem seu espaço e fazerem aquilo que gostam: escrever.

Vejo de perto o prazer que a Andreia sente em escrever e o quanto ela é boa, e torço muito para as pessoas conhecerem suas histórias e se apaixonarem por elas, assim como eu.
Ela não tem coração quando escreve e mesmo negando que tenha um na vida real, ela o tem. Andreia é a típica pessoa que conversa para caramba com quem tem intimidade, mas que tem vergonha de mostrar uma própria foto. É um ser de luz!

Só te desejo muitas realizações nessa caminhada e estarei por aqui para ler suas obras, Malévola.

Abaixo, a premissa de seu último livro:

SINOPSE: 
Depois de toda a tragédia que assolou a vida de Paloma, ela se viu pronta para encontrar seu caminho de volta. Agora com sua irmã bem e sua mãe em tratamento ela está pronta para tentar erguer sua carreira novamente. Como uma forma de ajudar a amiga a trilhar seu caminho, Alex propõe um relacionamento por contrato onde ajudará a amiga a estar no holofotes, sendo agente de diversas celebridades, mira em seu amigo pessoal, John Scott, o chef de cozinha inglês que vem resistindo a mesma proposta por anos, mas por ser um pedido mais pessoal do que contratual, decide ceder, mesmo que isso signifique mentir para sua filha Abbi de onze anos.
A mentira e a verdade começam a se tornar uma, mas todos tem um passado, e falta muita coisa para ser superada.

Redes Sociais:

Beijos da Lice

21 comentários:

  1. Gostei muito de conhecer a Andreia é sempre um grande prazer conhecer uma excelente autora, concordo com ela para os autores a maior dificuldade é divulgar, muitos querem divulgar o trabalho mais muitas vezes não conseguem pois são desconhecidos, gostei muito da entrevista com a Andreia, bjs.

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  2. Olá!! Eu adorei ler essa entrevista, e adorei principalmente a forma como tu conseguiu levar as perguntas num tom profissional, mas com um humor que sempre me fazia rir ao término delas.
    Conhecendo um pouco mais da Andreia, tive que ir segui-la no wattpad, e com toda certeza, uma futura leitora.

    Abraços||Psicologia de Boteco
    www.psideboteco.blogspot.com

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  3. Que entrevista bacana, sempre gosto de conhecer um pouco sobre o processo de criação dos autores e como eles se identificam com a história, além de como sobreviverem após o término de um universo criado com tanta maestria, empenho e carinho. Algo que me chamou a atenção foi o fato da Andreia dizer que o que faz é intuitivo, não aprendido, acredito nisso, que a arte de desenvolver mundos é algo que nasce com a gente.
    Abraços! ��

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  4. Olá!
    Quando vi você falar de sem coração, achei que a Andreia escrevia primariamente terror, não sei por quê, hahahaha. Mas acho que ela apenas mata personagens sem dó (ou talvez com dó, mas mata mesmo assim). Lendo a premissa do último livro, fiquei curiosa com a ideia do relacionamento por contrato (velho clichê sempre bem-vindo). Acho bem corajoso ela se autopublicar a autodivulgar, também achei bem bacana que ela entrelace suas histórias, dando maior consistência ao universo. Parece uma escritora bem bacana e, como eu disse, esse último livro me interessou bastante, vou procurar sobre.
    Abraços! :)

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  5. Gostei muito da entrevista com a Andreia Nascimento, conhecer novos talentos é sempre bem-vindo. Achei tão legal a atenção que ela dá aos nomes dos personagens, homenageando suas parcerias, é um detalhe que chama a atenção. No mais desejo sucesso e que a divulgação transcorra mais facilmente, sabemos o quão difícil é essa questão para novos autores.

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  6. Essa sessão do blog é muito bacana! É muito bom conhecer escritores por aqui! Gostei de conhecer a Andreia como escritora e pessoa por aqui! Simpática e realmente ama escrever!

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  7. Ahhhh a diva das divas! Espero que ela n leia esse comentário! Kkkkkkkkkk

    A Deia tem esse dom, de nos fazer ama-la e odia-la ao mesmo tempo. Ja tive oportunidade de ler bastante livros dela e não tem como se apaixonar pela escrita dela. É simplesmente sensacional...

    Amei essa entrevista, ri horrores e n pude deixar de pertubar ela.

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    Respostas
    1. Mas é óbvio que eu iria vir aqui! Eu sei que me ama e que amou a declaração entre parêntese. Mas sabe que amo cada uma de vcs, e a fidelidade <3 Nosso grupo tão fechado e ao mesmo tempo tão receptivo!

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  8. Alice! Sabe que amei "falar" com você. Adoro falar besteira né e vc ainda me dá oportunidade, então falo mesmo. Não sou malvada porque quero, nasci assim mesmo. Original de fábrica! Brinks. Sabe que adoro seus papos e seus pedidos. O que é seu está chegando!

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  9. oiee ai adoro ler suas entrevistas são tão dinâmicas e divertidas parece que estamos em mesa tomando café e conversando.adoro de verdade !! vc tem canal no youtube ,acho que você tem muito potencial para um canal bem legal!! se já tiver me passa quero conhecer!!!beijos e sucesso!!!

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  10. Olá,
    Não conhecia a Andreia, mas fiquei bem curiosa para conhecer seu trabalho. Imagino o quanto não deve ser difícil para um autor independente, conseguir divulgação e reconhecimento, então, acredito que entrevistas como essa devem ser ótimas para que mais pessoas possam conhecer esses escritores.

    Luísa - 26motivospara.blogspot.com

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  11. Oi!!
    Parabéns pela entrevista 😀 ficou otima, não conhecia o trabalho da Andreia. Vou ler o livro com certeza fiquei bem curiosa 😉

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  12. É a primeira vez que vejo um blog com uma entrevista.

    Me lembrs as entrevistas da JK Rowling quando Harry Potter não tinha acabado.

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  13. Eu não conhecia essa autora, muito legal o que ela disse ter nascer com o instinto de escrever, mas claro ninguém nasce sabendo e sim ao longo do tempo a pessoa desenvolve aquele instinto.

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  14. Achei super legal conhecer essa autora, mesmo que aparentemente ela seja tão má e faça seus leitores sofrerem tanto assim, hahahahaha.
    Beijos
    Mari
    Pequenos Retalhos

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  15. Adorei essa entrevista! hahaha A Andreia deu respostas muito boas e me fez ter vontade de ler algum livro escrito por ela, até para averiguar se ela é tão má assim quanto você disse. hahaha
    Amei o fato dela ter um livro do King como preferido da vida... também amo esse cara.
    Desejo muito sucesso!

    Beijos, Lice! <3

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  16. Não conheço a Andreia, mas fiquei curiosa com os seus livros e com o seu trabalho!

    Rubrica muito interessante, esta!
    www.keke.pt

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  17. Nunca li nada da Andreia, mas, caraca, super me identifiquei com ela. Realmente o processo de escrever pode ser um mistério em nós e falar que é instinto, como o respirar, seja o que mais se aproxima da verdade.
    Vou procurar os livros dela.
    Parabéns pelo post

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  18. Olá Alice, Tudo bem?
    Não tive ainda a oportunidade de ler livros da Malévola Andreia!Fiquei encantada com a forma que você conduziu o bate papo!Achei lindo ela falar que Escrever é como Respirar de tão natural.Muito bom seu post
    bjos

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  19. Que linda essa autora, não a conhecia mas adorei suas respostas na entrevista. Já estou morrendo de curiosidade de conhecer suas obras.

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  20. Oi Alice, tudo bem? Ainda não conhecia a autora mas já fiquei encantada com essa capa. Que ilustração mais delicada. Nunca entrevistei um autor mas se fosse escolher com certeza seria o Nicholas Sparks é um dos meus favoritos, ou então o Patterson. Meus gostos são extremos romance x suspense haha Beijos, Érika =^.^=

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Alice Martins

Oie! Sou a Alice, tenho 27 anos, sou Mestra em Engenharia de Produção, Pós-graduada em Revisão de Texto e Graduanda em Letras. Leio todos os gêneros literários, mas tenho um apego pelo romance (dramático, dark e hot) e pelo suspense. Sou viciada em música, série e açaí. Atualmente, trabalho com revisão literária e tenho um podcast de true crime/suspense com uma amiga. Me acompanhe nas redes e venha compartilhar amor comigo!




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