14/07/2018

[Resenha] Linha Vermelha - Pris Magalhães

Hey zumbis, tudo bem?

Dias trás fiz as Primeiras Impressões do livro "Linha Vermelha" da Pris Magalhães, e hoje venho trazer a resenha completa com minha opinião desse livro.

Linha Vermelha
Autora: Pris Magalhães
Páginas: 200
Editora: Skull
Onde Comprar: Skull
Nota: 
*E-book cedido pela autora
SINOPSE: Cientistas descobriram a cura para o HIV e finalmente a população mundial pôde se beneficiar da vacina que prometeu erradicar esse mal do planeta. A imprensa do mundo todo anunciou com grande alarde que a Aids estava às portas de ser erradicada.
Criado em laboratório, o novo microorganismo literalmente comia o vírus HIV das células e depois se autodestruía, mas o que eles não poderiam supor ou esperar é que o agente criado em para “comer” o vírus HIV apenas adormeceu. E um dia acordou.
Febre que queimava por dentro, pupilas dilatadas e convulsões, o maior problema não foi quando as pessoas começaram a morrer, mas quando estas começaram a voltar à vida, mas desta vez transformadas em mortos vivos.
Fronteiras foram fechadas, mas o mundo já havia sido contaminado e o Brasil, é claro, também está sofrendo com a nova era e mais precisamente em São Paulo, cidade com maior densidade populacional da América Latina, os sobreviventes resistem para se manterem vivos e longe dos zumbis e das novas facções que lutam por território e comando.
Finalmente os cientistas descobriram a cura do HIV. E com isto, milhares de pessoas no mundo foram imunizadas. Aparentemente tudo estava certo e caminhava para o fim da doença. O problema é que o vírus criado para combater a HIV apenas ficou adormecido no sistema das pessoas que tomaram a vacina. E quando ele despertou, começou a transformar as pessoas em mortos vivos sedentos por carne humana.

A família de Brunno via as novas descobertas com olhos diferentes. Enquanto seu pai, Marcos, era cético, achando que tudo isto não passava de um plano do governo para diminuir o quantitativo de pessoas; sua mãe, Patrícia, acreditava que a vacina apenas estava ajudando.
Além de Brunno, o casal eram pais de mais de 3 homens: Pedro e Yago, que trabalhavam em áreas militares e não viam em casa a muito tempo, e Nicolas, que era o caçula.
"Brunno era um sobrevivente do primeiro ataque de infectados que presenciara. Um sobrevivente que nunca mais voltaria a ver a vida do mesmo jeito"
O governo tentou conter os mortos vivos, mas não conseguiram ir muito longe e logo eles se multiplicaram pelo mundo. Em São Paulo não foi diferente. Brunno viu sua vizinha, uma criança pequena ser afetada pelo vírus e quando sua casa foi atacada, sua família precisou fugir, deixando Brunno para trás.

O jovem conseguiu escapar vivo dos mortos vivos e quando pessoas surgiram na casa, acabaram salvando. As pessoas em questão eram da CETRAP (Centro de tratamento psiquiátrico), um local que reuniu as pessoas que não foram afetadas pelo vírus e protegiam-nas. O local era comandado por Jorge.

Há três anos na Cetrap, Brunno não teve mais notícia de sua família e achava que eles não tinham sobrevivido ao caos. Ainda existem pessoas que não foram afetadas, mas elas estão distribuídas em vários grupos e chegam a "lutar" uns com os outros em busca de mantimentos. As pessoas ainda precisam lidar com os milhões de mortos vivos espalhados pela cidade.
"Qualquer humano é visto como um inimigo em potencial que irá disputar o pouco alimento que tem"
Quando Brunno e algumas outras pessoas da Cetrap, Jorge, Ryde, Serena, Duende e Henrique, saem para uma missão em busca de mantimentos em um hotel abandonado, as coisas fogem de controle. Há algumas baixas e um traidor está entre eles, trabalhando para uma das facções espalhadas pela cidade.

O que vai acontecer com Brunno? Até quando esta situação com os mortos vivos vai permanecer?
"Linha Vermelha" pode ser considerada uma distopia. Em uma São Paulo futurística, acompanhamos através dos personagens o que aconteceria se tivéssemos algo como um "apocalipse zumbi".
A Pris fez um trabalho magnífico em descrever como o vírus surgiu depois da aplicação das vacinas e mesmo com tanta descrição no início sobre este assunto, ela não tornou o livro massante ou cansativo. 

Só tinha lido uma obra anteriormente com este tema, então ler algo novamente nesta linha foi gratificante, pois me faz pensar.
Se algo deste tipo chegasse a acontecer, tenho certeza que algumas pessoas teriam algumas ações parecidas com as dos personagens. Como, por exemplo, querer tomar a "liderança" da cidade, em busca de poder e status. O ser humano está fadado a querer ser superior e mostrar tal superioridade através da violência.
"Ele tem medo, mas sabe que não pode conviver com ele, pois ou você o enfrenta ou ele será para sempre seu inquilino chato que não paga aluguel e destrói a casa em que mora"
Meu personagem preferido foi o Brunno, pois ele é sensato, mesmo tendo passado os últimos 3 anos vivendo um caos longe de qualquer pessoa que havia conhecido na vida.
Ele é um homem de caráter, que é capaz de bater de frente com a sua própria família se for para um bem maior.

Os demais personagens foram muito bem trabalhados pela autora. Aos poucos vamos conhecendo mais alguns que são inseridos na trama. Tem aqueles que vamos pegar ódio logo de cara, pois mostram que não valem nada. Mas, também há aqueles por quem criamos um certo carinho e aqueles que não sabemos bem o que pensar a respeito.

A narrativa do livro ocorre em terceira pessoa, o que aumenta nosso escopo na hora de visualizar todo o enredo. No início as cenas se distribuem entre presente e passado, mas no decorrer focam apenas no presente.
As cenas são elaboradas, com ação na dose certa e até aquele friozinho de "o que acontecerá?". Muitos personagens irão morrer ao longo da narrativa, pelos mais diferentes motivos, seja pelo ódio humano ou pelos mortos vivos.
"Desde que tudo começou, a única coisa certa é que a morte vai apertar-lhe a mão a qualquer momento"
O final foi um ponto que não fez minhas expectativas serem supridas. Não, não é um final ruim, longe disso. As últimas cenas possuem muita ação, em vários lugares diferentes dentro da narrativa, mas esperava ter mais algumas informações ou algo "concreto". Entendo que autora deixou um final aberto para uma continuação, mas queria mais.

Mortos vivos estão à solta depois de uma tentativa falha de descobrir a cura do HIV. O mundo virou um caos e os que não foram afetados, precisam se manter vivos. Brunno teve que se afastar de sua família. Quando um traidor está dentro do seu grupo, as coisas saem do controle.
A busca pelo poder, brigas por território, desejo de vingança e matança são apenas algumas coisas que permeiam essa história. Todos precisam lutar por sua sobrevivência, ninguém está seguro.

Beijos da Lice

12 comentários:

  1. Me lembrou um pouco as séries Walking Dead e The Rain. Imagino que seja um livro que prende a atenção,é uma trama com muita aventura e emoção. Palmas para a autora que conseguiu explicar a parte técnica do surgimento do vírus de uma forma clara sem soar cansativa, manteve o bom ritmo da leitura.

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  2. Caramba! Que enredo, hein? Confesso que não sou muito fã de histórias com zumbis, fantasiosas demais pro meu gosto, mas está mistura de ficção com uma coisa bem mais real me pareceu interessante.
    Parabéns pelo post e pela resenha!

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  3. oi!
    Eu adorei a o livro :D a historia é bem interessante, e a resenha ficou otima. Fiquei muito curiosa e ja coloquei na lista de leitura.
    bjo

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  4. Oiii Alice

    Que pena que o final teve suas falhas, achei essa distopia bem legal, fiquei tentando imaginar o cenário disso ocorrendo em uma cidade como São Paulo... Não sei se leria, há certas coisinhas do livro que ainda não me convence muito mas foi bem legal conhecer e saber sobre.

    Beijos

    www.derepentenoultimolivro.com

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  5. Adorei a resenha. O livro parece ser bem intrigante. Abraços e parabéns pelo post!

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  6. Adoro demais distopias e não me lembro de ter lido algo sobre esse livro até agora. O único ponto é que se trata de zumbis...não são os meus preferidos kkkk (tenho medo) mas o fato de rolar em SP me deixou curiosa rs

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  7. Gente eu adoreeeei o tema desse livro. Do jeito que você falou ele parece muito interessante e fiquei bem curiosa. E é super o tipo de coisa que podia rolar mesmo hahaha

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  8. Olá!
    Eita que história doida, já pensou tomar a vacina para AIDS e terminar Zumbi? Fiquei curiosa rs
    Bjs

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  9. Eu gosto de distopias apocalípticas nesse estilo com vírus e zumbis, com uma capa maravilhosa dessas e pela sua opinião, já vou colocar esse livro nos desejados.

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  10. Ola, tudo bem?
    Adorei a resenha! Nunca li nada de zumbis, mas amo a série TWD, e com certeza vai para os meus desejados!
    Beijus

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  11. Ei Lice tudo bem?
    Estou chocada com esse livro e resenha, já amei por ser uma altora nacional, e para mim que adoro distopias é um prato cheio rsrsrs. Do que você citou parece ser muita coisa pra 200 pgs. Já fiquei bem curiosa com livro.

    Bjus** http://imagine-livros.blogspot.com/?m=0

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  12. Sua resenha ficou ótima e deixou aquela curiosidade de saber como vai terminar a história. Amei e sendo de autora nacional fica melhor aínda. Bjss

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Alice Martins

Oie! Sou a Alice, tenho 28 anos, sou Mestra em Engenharia de Produção, Pós-graduada em Revisão de Texto e Graduanda em Letras pela UFPE. Leio todos os gêneros literários, mas tenho um apego pelo romance (dramático, dark e hot) e pelo suspense. Sou viciada em música, série e açaí. Atualmente, trabalho com revisão literária e tenho um podcast de true crime/suspense com uma amiga. Me acompanhe nas redes e venha compartilhar amor comigo!




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