05/01/2018

[Resenha] As 108 Borboletas da Alma - Enthony Cichocki

Olá amores, tudo bem?

Hoje venho com uma nova resenha para vocês, espero que gostem! Foi um livro que me encantou e que me despertou várias reflexões. Vamos conhecer?!

As 108 Borboletas da Alma
Autor: Enthony Cichocki
Páginas: 124
Editora: Independente
Onde Comprar: Amazon
Nota: 💙💙💙💙
*E-book cedido pelo autor
SINOPSE: A morte não é como se espera, e nem com os deuses que esperamos encontrar. A morte pode ser confusa, cercada por mistérios e uma longa jornada. As 108 Borboletas da Alma é um livro diferente, que mostra de um lado inusitado como é a vida de um suicida após a morte.
A trama se passa aos olhos de Platz, um suicida que, sem mais motivos para viver, encontra na morte uma razão para tudo. Ao conversar com a Morte em um bar e logo após tirar a própria vida, Platz encontra um misterioso homem de terno cinza que o guia até o mundo-de-baixo. Lá, onde a escuridão silencia as estrelas pela eternidade, uma motocicleta o leva através de uma autoestrada até um solitário banco no meio do nada. Por fim, Platz encontra uma casa antiga, saída dos anos 50, onde convive com Nona, outra alma de mesmo destino. Na casa iluminada por um infinito alvorecer, cercada por um deserto desbotado, os dois convivem e aprendem um com o outro o valor da amizade e da companhia. Conforme as manhãs avançam para sempre, a jornada de Platz continua, e de veleiros em mares furiosos a montanhas tão altas como o próprio céu, uma alma descobre que nem tudo está perdido.
Um homem estava em bar, bebendo como nunca. Outro se aproximou dele e começou a bater papo, eles brindaram, o primeiro à vida, o segundo à morte. O segundo homem era um agente funerário, e o primeiro apelidou de o "motoqueiro-funerário".
O primeiro, logo após sair do bar, resolveu que queria tirar a sua vida, aquele não era mais o seu lugar, assim se suicidou.

Quando acordou estava em um lugar que jamais havia visto antes, estava confuso. Tinha realmente morrido? Ao seu redor, ele sentia as cócegas de borboletas.
O porteiro lhe apressou, ele precisava entrar. Para onde? Para fazer o quê? Isto, não poderia ser dito.
Logo após, ele encontrou novamente o motoqueiro-funerário, que mandou ele subir na garupa e ir com ele.
"Morrer não é assim tão diferente de cair do sono, você sabe quando acontece, e quando acontece, já se perdeu de onde está. É mesmo tudo muito parecido"
O motoqueiro o deixou em um lugar com um banco concreto e as borboletas continuavam à volta. 
O homem andou até encontrar uma estação, e nela, um homem estava com a sua vigência. Ele lhe deu um bilhete, para ele partir. Depois da viagem, acabou descendo em um local que um tanto quanto peculiar. Tinha uma cabana, que era um tanto quanto peculiar, que parecia sair dos anos 50.

Na cabana tinha uma mulher, uma velha que parecia lhe esperar. A mulher se apresentou como Nona, e como o homem não lembrava o seu nome, ela acabou batizando-o de Platz, que significava praça em alemão.
"Era apenas um espectador, a plateia do meu próprio fim. Uma borboleta voou, era amarela. Teriam anjos a forma de borboletas?"
Aquele lugar não parecia em nada com o qual uma pessoa que se suicida deveria ir, mas lá estava Platz e Nona, duas pessoas que tinham tirado a vida. No local, eles levavam uma vida comum, tendo que cortar lenha e fazer todas as atividades. Nona estava ali a mais tempo e explicava tudo a Platz. E as borboletas viviam nos jardins da cabana.

O que era tudo aquilo? Por que estavam ali?
Esse livro carrega consigo uma grande reflexão. Primeiramente todos os paradigmas criados em relação a morte são quebrados. Platz se suicidou, decidiu tirar a sua vida, mas ele mesmo não lembrava o que tinha ocorrido em sua vida para fazer aquilo. Ele não estava em um lugar escuro, e se aquilo fosse o inferno não era como imaginava.
O local era muito colorido, cheio de vida, parecia uma chance de recomeçar. E a morte, seria ela uma forma de recomeçar?

Aos poucos vamos acompanhando as descobertas do Platz. Durante a sua jornada naquele lugar, ele vai encontrar pessoas, depois perdê-las. Vai se deparar com histórias tristes, até demais e entender que talvez algumas pessoas possuam "motivos" para querer ceifar a vida.
"Você sempre carregará o passado consigo, não importa a viagem que fará. Ele vai com você, mesmo que você queira guardá-lo numa maleta. Quando se tranca o passado, uma hora dessas ele se abre de volta, nem que isso demore uma vida"
Platz vai se descobrindo durante o livro, sabendo quem ele é e quem ele foi. E na sua caminhada as borboletas vão lhe guiar, mostrar a cor da vida e como é a descoberta da vida. Platz vai passar por momentos ferronhos, vai ter medo, vai se perder e no fim, se achar.

O livro tem várias analogias sutis, que vão engrandecendo tudo que lemos. Apesar da simplicidade da obra e dos personagens, o valor da mesma é inenarrável. 
A escrita do autor é sagaz, levando o leitor a sentir as mais diversas emoções com poucas atitudes, com cenas simplórias. Foi uma grata surpresa entrar de cabeça no livro.
"Você nunca estará sozinho enquanto as borboletas estiverem na sua vida"
Platz vai descobrir o valor da vida (ou da morte), mas principalmente o valor da amizade. Ele vai perceber que apesar de muitas pessoas negarem, elas precisam das outras, precisam sentir as outras. 
As pessoas olham as demais, mas não a enxergam. As pessoas cometem pequenas ações e acham que não é nada, mas aquilo pode destruir vidas. A falta de afeto com o próximo é o fim, para quem não recebe o afeto e para quem o dá, que vai apenas se esvaindo aos poucos.

As borboletas são livres, elas voam para onde querem. As borboletas passeiam pela vida e em seu pouco tempo, elas vivem plenamente. As borboletas são o que todos deveríamos ser, vívidos e coloridos. Descobrir as suas próprias borboletas não é fácil, mas elas estão ali, dentro de você, na sua alma, esperando um momento para explodirem e brilharem para o mundo!!
A resenha foi curtinha porque não queria falar muito sobre a obra e acabar com a magia da leitura. Narrei o que achei necessário, mas deixei muitas coisas de fora, inclusive a minha personagem preferida rs

Leiam esse livro e se permitam sentir, deixem suas borboletas voarem...
"Nós mudamos por dentro não quando perdemos, mas quando ganhamos de volta"
Beijos da Lice

24 comentários:

  1. olá , tudo bem ? gosto de livros que nos faz refletir , somos como as borboletas a partir da hora que nos descobrimos livres.A morte ainda assusta , mais este livro traz uma maneira diferente de ver esse etapa. Bjsssss

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  2. Adorei que você foi super cuidadosa para não "estragar" momentos impagáveis e a percepção que cada leitor teria ao ler. Ahhhh, por um mundo com menos spoillers ahahha

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  3. Oie
    Adorei seus comentários sobre a obra e me deixou curiosa. Parece ser uma ótima leitura.

    Beijinhos
    https://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br/

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  4. Oi
    Tudo bom?
    Infelizmente não me senti atraída pelo enredo, então deixarei a dica passar.
    Quem sabe futuramente dê uma oportunidade.
    Beijos

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  5. Apesar de não ser um gênero que eu curta ler, gostei da sinopse e de ver sua opinião sobre a obra. Eu não conhecia. Parabéns pela resenha.

    Um forte abraço.

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  6. Oi!!
    Eu adorei a dica 😀 o livro é bem interessante. Já coloquei na lista de leitura 😉
    Bjo

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  7. Nossa!Ja quero ler...amei a resenha,parece ser muuuiiito bom!Bjs Verônica Alves

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  8. Eu fiquei um pouco em dúvida se gostei ou não do livro.
    Suicídio é um assunto polêmico e a morte um mistério do qual poucas pessoas conseguem dialogar, escrever ou falar sobre ela.
    A linguagem delicada e poética com a qual eu percebi que o livro foi escrito, iria me emocionar.
    Me lembrou “A Cabana” e, sim! Eu também acredito que há razões legítimas para quem não quer mais viver neste mundo.
    Gostei demais do título do livro e também dos quotes escolhidos.
    Sua resenha foi sucinta, mas como sempre muito instigante.
    Estava com saudades do blog.
    Inté!

    Eliziane Dias

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  9. Oi Alice! Eu amo livros que nos fazem refletir, mudam algo em nossas mentes e quando tem pequenas analogias que acabomos encaixando em nossas vidas. Suicidio é um tema polêmico e até estava discutindo sobre ele ontem. Acredito que quando uma pessoa recorre a isso, é que ela esgotou todas as suas tentativas de viver, seja por qualquer motivo. Um livro que trate esse tema com delicadeza,é sempre bem vindo. E eu amei o nome. Amo borboletas, então amei o parágrafo final! Parabéns, beijos.

    https://almde50tons.wordpress.com

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  10. Que sinopse interessante, adoro histórias que fazem refletir. Essa passagem com acontecimentos depois da morte me lembrou o filme Amor Além da Vida, que tb fala de suicídio.

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  11. Não conhecia o livro, amei essa capa minimalista. A sinopse é super interessante, você escreve muito bem, parabéns pela resenha.

    www.nerdbooksblog.wordpress.com

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  12. Olá parabéns pela resenha,acho que o livro tem um pouco daquilo que todos os seres humanos tentam explicar através de suas crenças e ideias: A vida após a morte.Além de trazer a questão do suicídio.

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  13. Gosta da premissa, das reflexões que diz o livro possuir. Não conhecia a obra, mas confesso que fiquei muita curiosa quanto as borboletas, não vejo a hora de senti-las voar.

    Beijos.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/

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  14. Oiiie,
    Parece ser um livro ótimo e como ta todo mundo falando tão bem deve ser mesmo, a sinopse eu gostei bastante rsrs a capa eu achei bonitinha, eu não conhecia e conhecendo agora gostei bastante!

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  15. Gostei da premissa do livro e gostei mais ainda por ser autor independente. Vou procurar - quero muito ler.


    Beijos,
    Luisa

    Degradê Invisível

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  16. Menina, que resenha maravilhosa, você contou muito e pouco ao mesmo tempo. Não conhecia esse livro e fiquei super tentada a saber como foi a jornada de Platz no pós-morte e se ele teve algum recomeço. Adorei. Abraços

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  17. Que resenha maravilhosa, eu estou aqui me mordendo pra pegar o livro nesse momento e ler. Vou procurar na Amazon agora!

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  18. Adorei a resenha! Não conheço a obra, mas fiquei com muito interesse em saber mais a respeito. Abraços e parabéns pelo post!

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  19. Nossa! Parece ser um ótimo livro, não é muito o meu estilo de leitura mas vale dar uma chance \\o Gostei da resenha :)

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  20. Nossa, fiquei super envolvida nessa resenha!!
    Fui looonge, pensei muito, refleti.. amei!

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  21. Oi Alice, tudo bem? Suas resenhas sempre cheias de sentimentos e nos deixando curiosos para conhecer ainda mais as obras mencionadas por aqui. Realmente há teorias acerca do que acontece após a morte, porém ninguém pode garantir que é de uma forma ou de outra. Pelo enredo dá pra perceber o quanto o personagem principal evolui ao longo da história. Autores que mostram esse crescimento escrevem muito bem. Parabéns pela resenha. Beijos, Érika =^.^=

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  22. Eu gosto de praticamente todos os estilos de leitura rsrs e claro que como não conhecia esse livro já fiquei mega curiosa para ler, fiquei com aquele gostinho de quero saber mais rsrs

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  23. Muito interessante! Gosto desse tipo de leitura que me prende a atenção. Tua resenha ficou ótima e surtiu o efeito quero ler na íntegra!

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  24. Eu estava falando agora sobre esse livro e me deparo com essa resenha maravilhosa. Será um sinal que devo ler esse livro? Se depender da sua resenha com certeza vou compra-lo amanhã mesmo. Amo esses tipos de histórias, que nos passam uma mensagem e falam de assuntos importantes.

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Alice Martins

Oie! Sou a Alice, tenho 27 anos, sou Mestra em Engenharia de Produção, Pós-graduada em Revisão de Texto e Graduanda em Letras. Leio todos os gêneros literários, mas tenho um apego pelo romance (dramático, dark e hot) e pelo suspense. Sou viciada em música, série e açaí. Atualmente, trabalho com revisão literária e tenho um podcast de true crime/suspense com uma amiga. Me acompanhe nas redes e venha compartilhar amor comigo!




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