04/04/2017

[Vamos Conversar?] 13 Reasons Why - Série Original da Netflix

Olá amores, tudo bem?

Este será o primeiro post escrito por duas pessoas aqui no blog, no caso, Alice e Larissa. O que estiver destacado em rosa são minhas palavras (Lice), e em azul palavras da Larissa. Tudo entendido? Vamos lá? 

A escola pode ser um inferno. Ensino Fundamental e Médio. Essa é a premissa por trás de inúmeros livros, filmes e séries. Nos EUA, essa fase da vida é retratada à exaustão. Líderes de torcida manipuladoras, jogadores de futebol americano que colecionam namoradas, e os que não se encaixam entre os populares são excluídos, tachados de anormais, nerds, gays, góticos. Com sorte, se tornam invisíveis. Com frequência, vemos notícias de jornais americanos, sobre um ou outro adolescente que se suicidou. 

No Brasil, as coisas não são muito diferente. É normal conhecer ou ser a pessoa que sofreu com "apelidos" durante esse período. Aqui não temos líderes de torcida, nem jogadores de futebol americano, mas temos crianças e adolescentes que sofrem pela falta de um carinho, compreensão e até de uma vida digna. Os xingamentos são mais pesados, e a violência também toma o mesmo rumo. Palavras como "gorda", "puta", "fdp" são proferidas quase todos os dias e em todos os instantes. E qual a consequência disto? 

Na nova série da Netflix, inspirada no livro de Jay Asher, as coisas que acontecem na adolescência tomam uma proporção muito maior do que talvez tomassem na vida adulta, e se encadeiam em eventos que culminam na destruição de uma garota de 16 anos. 
Ah, a adolescência: É quando a popularidade significa tudo. Quando um boato pode destruir a reputação, e a vida, de uma pessoa (não que não signifique nada na vida adulta). Quando a sua reputação e a alienação dos amigos pode ser um fator decisivo na saúde mental de uma pessoa. E tudo é para sempre. 

Nessa fase você deseja uma única coisa: ser aceito. Você quer apenas fazer parte da turma mais animada e legal da escola, mas isto se torna logo impossível se você é uma esquisita de óculos de graus e ama ler (experiência própria). Qualquer ação tomada neste período de tempo irá mudar a sua vida, irá mudar a sua personalidade. É inevitável, infelizmente...

Para quem já leu aqui no blog a resenha do Pedro Corrêa a respeito, já sabe que o livro homônimo conta a história de Hannah Baker, uma aluna do primeiro ano do ensino médio quando muda de escola. A história é contada em retrospectiva, pois no início, já sabemos que Hannah se suicidara algumas semanas atrás. Os relatos que se seguem saem da boca da própria Hannah, por meio de gravações, listando os treze motivos que a fizeram tomar uma decisão tão extrema.

Tanto no livro quanto na série, o co-protagonista, Clay Jensen, recebe uma caixa de fitas K7 (quem lembra delas? Quem sente falta? Eu com certeza não). Na primeira delas, Hannah Baker se apresenta como a autora póstuma das gravações. Se a pessoa tivesse recebido as fitas, podia saber que foi a causadora, ou estava envolvida em um dos motivos. Então, por que Clay, o famoso bom moço da cidade, havia recebido o pacote? E quem mais estaria nas fitas?

Logo de cara, Hannah avisa que há duas regras. A pessoa que recebeu as gravações deve escutá-las até o final. E depois, passá-las a diante. E, caso pense que pode simplesmente se livrar da coleção maldita, pode saber que alguém de total confiança da Hannah possui duplicatas, que levará a público se as regras não forem cumpridas. Mas, se as fitas passarem de mão em mão, de um envolvido para o outro, apenas essas pessoas saberão do seu papel no suicídio da garota.
Como a série é de suspense, não acho justo me alongar demais na sinopse, para não estragar. Tudo o que relatei aqui já é exposto no livro. 
Só digo algo: preparem-se para os plots twists, pois cada episódio é marcante e aborda um ponto dolorido.

Aviso de triggering aqui. Não assista “Os treze porquês”, se não estiver muito bem emocionalmente. É sério. Não estou falando apenas do suicídio da Hannah. Ela trata de temas como bullying, slut shaming, drogas, violência, estupro. Julgamento, consentimento, e observar algo errado acontecer sem fazer nada a respeito. E as cenas são vívidas, honestas até demais. Não é o tipo de programa que você assista e fique bem depois. A ideia é te deixar desconfortável, e gerar debates sobre o assunto. Os assuntos. Mas se a pessoa assistindo já lutar contra a depressão, não vejo motivos para se torturar. Se fizerem muita questão, leiam o livro antes. Quando os créditos finais rolaram, fui tomada por um vazio e uma tristeza enormes, como se dementadores tivessem invadido a minha casa.

Terminei a série ontem a noite, vinha tentando assistir pelo menos 3 episódios por dia, desde que lançou. Quando acabei a série, foi como se tudo que tivesse passado nesta fase da minha vida, estivesse ali, exposto. É claro que não me deparei ou fui ao extremo como a Hannah, mas os gritos mudos de ajuda que a personagem tenta demonstrar, já foram um dia, meus gritos mudos. Os temas da série são fortes, mas trazem alento para quem já passou pela situação. É como se você tivesse vendo o que você poderia ter se tornado, ou como você poderia ter mudado a vida de alguém. Mas sabe o que é interessante? A série não quer te trazer um vazio, a série quer que o telespectador fique alerta com possíveis sinais, quer que você impeça a próxima Hannah, que você ajude e ao mesmo tempo seja ajudado, todos nós precisamos de ajuda. 
O veículo que encontraram para trazer o livro para as telas foi o melhor possível para trazer profundidade aos personagens coadjuvantes. No livro, só sabíamos da reação do Clay às fitas. Na adaptação, existe espaço para desenvolvê-los a ponto de deixar os espectadores na dúvida sobre a veracidade das informações da Hannah (pra quem não leu) e mesmo olhar para as ações, os motivos, sob um outro prisma. Até porque a questão toda é a bola de neve. Alguns dos atos foram impensados, não seriam considerados cruéis a princípio, mas algo que acontece nas nossas vidas. É aí que entra a questão: Nós NUNCA sabemos pelo que a outra pessoa está passando.

Nós sabemos apenas o que nós sentimos. O sentimento do outro muitas vezes é julgado como nada perto do nosso. Pare e reflita: Quantas vezes você já não pensou que possui os maiores problemas? Quantas vezes você não julgou a sua dor como a maior? É fácil pensar assim quando não conhecemos o que se passa no coração do próximo. Cada pessoa sabe exatamente como se sente. Nem tudo que você considera como "drama", é um drama. Infelizmente, as pessoas viram o drama da Hannah e acharam que era mais uma coisa de adolescente, mas não era...
Isso acontece para o bem, como quando fazemos uma gentileza simples, e mais tarde descobrimos o quanto isso significou para a outra pessoa. E também quando participamos, com um grupo de amigos de uma zoação, quando coagimos alguém, vamos longe demais em uma discussão. Na série, foi difícil constatar que metade das pessoas direta ou indiretamente são responsáveis por uma garota desistir de viver, possivelmente se arrependerá. Outras taparão o sol com a peneira. Porque eles não tinham agido pessoalmente contra ela. Porque a “zoeira” assumiu proporções maiores do que o esperado. Porque tinham a melhor das intenções. Alguns seriam considerados boas pessoas perante a sociedade. Alguns eram até adorados pelos colegas. E é aí que entra o fator medo: "Em quem vão acreditar? Nele ou em mim?" É aí que vai tudo por água abaixo. Porque o medo nos impede de nos comunicarmos com quem importa. 

Nas raras ocasiões em que fazemos isso, nem sempre a pessoa sabe lidar com o peso do que estamos passando. As escolas, por exemplo, por medo da repercussão negativa que um caso de bullying pode acarretar, muitas vezes fazem vista grossa "Não temos casos de bullying" E nem precisa chegar a tanto. Se você vai à um professor, um diretor ou coordenador, é possível que te exponha na frente da turma. Isso não é um medo. É real. 
O medo nos cega, o medo nos consome, o medo nos domina. É difícil no meio escolar tentar competir com os populares e mostrar as atitudes erradas deles se torna ainda mais complicado. Os populares são considerados como os "reis" da escola, enquanto você não passa de mais uma pessoa na multidão. As pequenas atitudes interferirão na vida das pessoas, o que você não pode imaginar é o tamanho dessa interferência. Nem toda "zoeira" é uma zoeira, elas podem ser o que faltava para alguém desistir de viver.

Ainda por cima, tem o fator comunicação. Para um adolescente, é difícil comunicar que está em dificuldades. QUE PRECISA DE AJUDA. Eu demorei até o segundo ano pra dizer que eu não entendia nada de física. Imagina se estivesse tendo dificuldade em viver.

O que faz mais mal ao assistir “Os Treze Porquês” não é saber que você já esteve na pele da Hannah. O que afeta mais é saber que já agimos como uma das pessoas que pioraram a vida dela. Todos nós já fizemos isso. Seja pra nos encaixar. Ou para dizermos para nós mesmos que não somos vítimas. Para nos defender. Às vezes, repetimos um boato inconsequente. Nos vingamos. Reagimos a um fora que levamos. Na época, talvez tenhamos dito para nós mesmos que não era nada pessoal. Que a pessoa estava se fazendo de vítima, que estava fazendo drama. "Nossa, era só uma brincadeira, relaxa!" Mais vezes do que seria saudável, os maiores danos são causados não por valentões de carteirinha, estilo Nelson dos Simpsons. O pior é quando a agressão vem dos nossos próprios amigos. São eles que normalmente tem o maior poder de nos afetar. É a opinião deles que nos importa. 
Não acho que você que está lendo tenha praticado bullying, longe de mim levantar isto. O que penso é que uma atitude sua já machucou alguém, o problema é que você não sabe o tamanho do estrago que fez. Para algumas pessoas, uma palavra proferida de forma mais violenta já é uma névoa e não, isso NÃO é drama. O que os adolescentes de hoje devem colocar na cabeça é que você não irá se tornar melhor se machucar alguém, você apenas pode ser mais um motivo para mudar a vida de alguém. Mas, você quer ser um dos porquês?

Se sobrevivermos a tudo isso, crescemos e descobrimos que a melhor qualidade em nós causou inveja em alguém a ponto de a pessoa tentar destrui-la. Outras, detectam uma fraqueza, uma vulnerabilidade. Uma não conformidade com os padrões aceitos como normais. Já sofri bullying a ponto de chorar, só para a pessoa dizer que havia sofrido bullying antes de mim, e por isso repetia o ato. Porque ela aguentou. Por isso, se você assistir a série, é possível que pense, “Eu já fui Hannah, já conheci outras Hannahs, e já fui algoz.” É um ciclo que se repete com frequência.
É um ciclo que muda a sua vida. Também já sofri os piores do bullying e assim como a Hannah não tinha com quem dividir a dor. Nesta fase da adolescência passei por uma depressão e confesso que o suicídio passou pela minha cabeça. Você não sabe o que está fazendo naquele momento, você só deseja parar com a dor, você só quer que alguém enxergue a sua dor e entenda tudo que você está sentindo. No fim do túnel encontrei alguém para compartilhar minha dor e assim evitei ter o mesmo final de Hannah Baker...
Para quem não sabe, antes de virar série, o livro de Jay Asher estava programado para virar um filme estrelado por Selena Gomez. Na ocasião em que leu a obra, em 2008, a atriz ainda figurava entre o elenco do Disney Channel, ao qual se refere como o maior ensino médio (e não um que você respeita). E além de lutar abertamente contra o Lupus, lidar com questões de auto-imagem e com fãs nem sempre gentis, ela também sofreu bullying, de modo que ter uma participação que fosse na série era importantíssimo para ela. Um projeto pessoal.
Por isso, quando foi decidido que em vez de longa, que o livro seria adaptado para o Netflix, a eterna bruxinha de Waverly Place pediu para participar, e assina como uma das produtoras executivas. Segundo ela, passou do tempo em que ela poderia fazer o papel da Hannah e ainda passar verossimilhança. Por isso, ela preferiu ficar nos bastidores. Além de ter aturado o Justin Bieber por anos, ela ainda tem esse tipo de atitude fofa. 
O elenco fez um excelente trabalho. Os atores principais são Dylan Minette e Katherine Langford, Clay e Hannah, respectivamente. Aliás, a Katherine Langford é uma atriz de Perth, na Austrália. E ela passa uma força pro papel, ao mesmo tempo que uma vulnerabilidade, que eu ficava querendo voltar para o ensino médio para tentar ser amiga dela. Fisicamente, Dylan lembra muito Logan Lerman em “As vantagens de ser invisível”. Inclusive os temas dos dois livros transformados em filmes dialogam, né?

A atuação da Katherine conseguiu passar a dor que a personagem precisava e o Dylan nos traz um Clay que talvez precise de tanto carinho e apoio quanto a Hannah necessitava. O Clay vai crescendo com os episódios, e as fitas afetam drasticamente sua vida. Ele precisa saber o que fez para Hannah, mas ao mesmo tempo não quer saber. Ele ajudou a matá-la, assim como todos os outros e saber disto não é algo banal. Ah, não posso esquecer que fica quase impossível não shippar o casal, mesmo ela estando morta. E isto é o errado, ela morreu e ele foi um dos motivos...

Tanto o livro quanto a série falam de responsabilidade e consequências. Ao gravar a série de fitas, Hannah usou o resto da fagulha de vida que ainda tinha, na missão de deixar claro para cada um de seus colegas o que eles fizeram. Para que eles assumissem responsabilidade sobre os seus atos. Todos os personagens, jovens ou adultos, neglicenciam os sinais que Hannah apresentava de que não estava nada bem. 

Seus colegas não conseguiram sentir o mal que lhe faziam. A Hannah tentou lutar, mas chega um momento que simplesmente não conseguimos parar, que dizer adeus a vida parece ser a melhor opção. Se cada pessoa que entra na sua vida deixar um buraco, logo só haverá um precipício e a morte é convidativa! O suicídio jamais deveria ser tratado como opção, mas, para quem tem uma grande confusão na mente, ele surge como a melhor das opções.
O bom é que, em apenas dois dias, "Os treze porquês" causou uma reação em massa. Esforços na prevenção de bullying e suicídio levaram à criação da hashtag: #NãosejaumPorquê, por fãs brasileiros no twitter.

Alguns fãs de Jay Asher disseram ainda que, por conta do livro, procuraram ajuda profissional, ao se identificarem demais com a Hannah. 
Sinal que uma mudança, por menor que seja, já está em curso. E assim como a Hannah, ao citar o efeito borboleta para justificar a bola de neve, de repente podemos ter a esperança de que esse seja um efeito borboleta oposto, que gere mudanças positivas em cadeia. 

Agora eu gostaria de aproveitar a oportunidade para dar um toque estilo "conselhos do He-man". Não sei dos problemas enfrentados pelas pessoas que frequentam o blog. Mas se estiver enfrentando problemas, não acredite na opinião dos seus amigos, por melhor intencionados que sejam, sobre a gravidade do que você está sentindo. Apenas acredite em você mesmo. E procurar ajuda, fazer terapia, não é vergonha, nem sinal de fraqueza. 

Os amigos podem sim ser uma parte importante da sua vida, podem te ajudar a sair do buraco, mas só AMIGOS de verdade fazem isso, não colegas.

Por fim, não importa o tamanho da sua dor, compartilhe-a. Trate todos a sua volta com dignidade, ofereça o que você tem de melhor. Impeça a próxima Hannah, leia os sinais. Não seja o próximo Clay, viva todos os momentos e arrisque-se. Uma palavra sua pode mudar o destino de alguém! E por último, trate a vida com a maestria que ela precisa. Algumas jogadas vão ser difíceis, mas você não pode abandonar o jogo antes de chegar ao fim!

“Os treze porquês” estreou no dia 31 de março, na Netflix (!!!!!!!!!!!!!) E todos os episódios da primeira temporada estão disponíveis.  

Pode me chamar de masoquista, mas eu estou torcendo por uma segunda temporada. Só para deixar claro, a segunda temporada seria necessário para dar um desfecho, mas se acabar daquele jeito já estarei feliz.

Ah, e não deixem de assistir o documentário também no Netflix. "Thirteen Reasons Why": Tentando entender os motivos.  
Beijos da Lari e da Lice

71 comentários:

  1. Oie
    Eu estou lendo o livro e já assisti o primeiro episódio, estou curtindo bastante, acho que é um assunto que se deve dar mais atenção, que se deve refletir.

    Beijinhos
    http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br/

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    1. Oii Nessa,
      Com toda certeza o assunto merece ser tratado como mais importância e ser visto por todos os lados, muitas coisas ainda precisam ser discutidas! Depois me fala o que achou do livro!

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  2. Boa tarde! Sem dúvida aqui temos outros problemas, olha eu já passei dessa fase escolar, mas é uma roda gigante, cheia de altos e baixos, essa série me trouxe tudo à tona e me fez reavaliar muitas das minhas próprias ações!

    Beijos 💜!
    Blog Sara Menezes

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    1. E isso é o bacana! Eu também já passei por essa fase e mesmo fazendo 5 anos que sai do Ensino Médio, ainda sinto algumas marcas que perduram e continuarão por uma vida inteira. É bom ver que finalmente as pessoas estão debatendo o assunto e que não estão fechando os olhos! Beijão!

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  3. Oi meninas! Eu amei a série e achei algumas cenas bem impactantes. Confesso que estou há dias remoendo tudo que bi na história. Adorei a hastag e acho super importante a gente falar sobre o tema. Post maravilhoso o seu <3

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  4. Já ouço falar dessa série, lendo a resenha me fez lembrar muito de quando eu estudava na escola, quando estudava muitos alunos sofria com xingamentos, apelido, essa série parece ser boa, pois trata de assuntos que acontecem ainda, gostei bastante da resenha, fiquei já curiosa pela série bjs.

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    1. Gostar nâo é bem o termo pra mim. Mas n consegui parar de ver...

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  5. Não sei, só sinto que preciso assistir...rs
    Me despertou mais curiosidade ainda ^^
    Bjs ♥

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  6. Oláááááá Lariiiii!! Oláááá Alice!
    Uau duas monsters na resenha dupla!!! Parabéns dobrado <3
    Então ... eu comentei no post do Pedro e tb no blog da Mi, o quanto esse tema me assusta.
    Nunca sofri bullying nem nunca pratiquei bullying então é uma coisa que definitivamente não entendo, para mim, o diferente(e o que é ser diferente?) agrega, soma, multiplica.
    O irmão de um grande amigo meu suicidou-se com 19 anos. Lindo, inteligente, divertido, sociável, querido e (parecia) feliz. Até o dia que se jogou de uma ponte. Um bilhete dizia que era infeliz e queria acabar com aquela infelicidade sem fim. Ponto.
    O que me assusta? Estávamos tão ocupados olhando para os nossos próprios umbigos que não percebemos? A felicidade que ele aparentava era uma mentira tão perfeita que acreditamos? Não deu nenhum sinal? Não enxergamos o sinal? Em que momento seja lá o que for ficou tão insuportável que foi o fim?
    Respeito para mim é uma palavra de ordem. Posso não concordar, mas respeito.
    As pessoas diziam: nossa que falta de coragem, acabar com a própria vida! Que fraco! E nem tinha motivos ... (etc, vcs podem imaginar)
    Como assim não tinha motivos? O que é um motivo? Como julgamos esse motivo? O que é o caos para um, pode ser mamão com açúcar para outro. Como julgar a dor de outra pessoa?
    No final não só houve o que aconteceu, mas a família dele, e as pessoas que conviveram com ele foram sim transformadas para sempre.
    Então acho siiiiiim essa série, um instrumento de utilidade pública (!), assim como o livro. Acho que qualquer coisa que possa sinalizar um esclarecimento, possa ser um degrau de entendimento, jogue luz no emaranhado de mil possibilidades que passam pelas cabeças dos adolescentes deve ser visto de olhos bem abertos e tratados com atenção e carinho.
    Não acontece só com os outros e siiiim acontece na vida real.
    Bjs meninasssss
    Luli Café com Leitura na Rede

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    1. Luliiiiiiiii!
      Fico muito feliz por ler elogios em relação a nossa escrita haha
      A questão é exatamente esta. As vezes estamos tão preocupados com as nossas próprias coisas que fechamos os olhos para o sofrimento alheio, simplesmente não somos capaz de enxergá-lo, é como se a farça que ele criou acabasse se tornando uma verdade aceita pela maioria. Infelizmente, casos como o do seu vizinho não são vistos isoladamente, os números são bem expressivos e as pessoas ficam com essa dúvida e questionamento: o que eu poderia ter feito?
      Com toda certeza a discussão da série e do livro é muito válida e deve ser feitas por todas as pessoas: pais, filhos, professores, psicólogos. É algo de utilidade pública! Bjs!

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  7. EEEEi. Espero que tenha gostado da novidade. As duas queriam muito discutir o tema, e a série viciante (terminei em menos de um dia). O engraçado é que muita gente para quem falei da série disse que temas adolescentes as entediavam, que são muito dramáticos, que a Hannah era egoista por tentar punir aquelas pessoas. Eu sei de pessoas que se suicidaram, que tentaram mas felizmente não conseguiram, já estive nos dois lados, a Hannah e uma das pessoas que pioraram a vida dela. Isso fez a série ser mais difícil de assistir. Se você é apenas a vítima, ta'lvez sinta uma identificação assustadora. Mas o efeito espelho dói tanto se você precisou de ajuda, quanto se, por ignorancia, desrespeitou alguem em algum momento. Em qualquer idade. E eu acho, de todo o coração que a Hannah não deixou as fitas para punir aquelas pessoas. Se fosse assim ela deixaria a carta/fitas pros pais. Acho que ela queria conscientizar aquelas pessoas do mal que elas fizeram, as vezes sem saber. Eu nem sei o que eu faria se recebesse uma fita dessas...

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  8. Olá, tudo bem?
    Ah essa série, é aquele série que todos precisam assistir e refletir sobre como tratamos uns aos outros.
    Adorei o post, um beijo.

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    1. Oi Ray,
      Isso é verdade, todas as pessoas merecem assistir essa série e entender o recado. A reflexão faz parte da alma. Beijão!

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    1. Oi Midian,

      Trate de assistir a série, ela é muito boa. O bom é os assuntos que ela aborda, tenho certeza que ela vai alertar muitas pessoas sobre assuntos bem relevantes. Bjs!

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  10. "fitas K7 (quem lembra delas? Quem sente falta? Eu com certeza não)"

    HAHA, eu amei a autenticidade dessa parte. Era uma droga mesmo. Quanto ao post, está maravilhoso^^

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    1. Mas eh verdade! ahahaha e em 2001 eu comprei um walkman pra gravar materias de biologia e aprender enquanto dormir (eu estava tentando de tudo pra memorizar) Mesmo em 2001 ja foi dificil achar fitas e walkman. ahauahauahau Eu tbm gostava de cantar apesar de n cantar mto bem ajauahauahau

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  11. Impactante! Soube do livro pela série e já quero ler! Essa série traz a reflexão pra roda, será que somos ou fomos um porquê na vida de alguém? Será que somo um Clay que não consegue expressar seus sentimentos de forma clara? Será possível viver com essa culpa? Essa série é um golpe no estômago de qualquer um que assista! Incrível

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  12. Exatamente. Eh a parte mais incômoda. Bjosss

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  13. Adorei a dica, estou procurando uma série para assistir, estou viciada em séries! Indicações de séries são sempre bem vindas! Abraços!

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    1. Se você está querendo assistir algo que vai mexer com você essa é a dica perfeita! Assista essa série e mude suas percepções. Super indico! Bjs!

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  14. Eu estou AMANDO a repercussão que essa série está casando, pois tanto no livro e na serie tratam de assuntos muitos importante e delicados e que devem ter mais importância e ter mais pessoas discutindo sobre. Amei a forma que vocês montaram o post.
    Abraços

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    1. Oi Arthur,
      Que bom que gostou da nossa forma de trazer o assunto da série ao blog. Realmente, discutir estes assuntos hoje em dia é muito importante, não podemos fechar os olhos para certas coisas e esta repercussão vai abrir muito os olhos dos pais e até dos diretores de escolas! Beijão!

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    2. Com certeza. Já li que o número de jovens ligando para redes de prevenção do suicídio aumentou. Obrigada!!! Bjosss

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  15. Lembrei-me do tempo do ensino médio as coisas eram como hoje em algum respeito, mas não havia as confusões que existem hoje que fazem salas de aula um campo de confrontação. Muito obrigado, é uma ótima revisão, para quem tem netflix inspirado no livro de Jay Asher no filme, isso é ótimo!

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  16. Olá
    Adorei sua sugestão
    Já ouvi falar dessa série,estava a procura de uma para assistir quem sabe eu não assisto essa me deixou curiosa um beijo.

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  17. Olá, tudo bem?

    Confesso que o final do livro não me agradou.
    Quanto ao seriado, ainda não tive a oportunidade de assistir.

    Sobre a temática, super concordo, o preconceito causa sérios problemas, é tão complexo e tão errado, mas, muitas pessoas ainda insistem nessa tecla de cometer atos contra aqueles que não são iguais a eles, os considerados "diferentes", não "normais". Não me esqueço da frase: "De perto, quem é normal?" Mas, enfim, é necessário abordar esse tema mesmo, e fazê-lo, sempre, de forma coerente. Que nosso universo possa melhorar.

    Beijo!
    Ana.

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    1. Oi Ana. Qdo eu li o livro (ha anos) achei interessante, li rapido e tal, mas n fiquei pensando nisso. N sei se achei q os personagens n tinham sido bem desenvolvidos e tal. Enfim, te GARANTO que a serie é diferente. É interessante, te prende e eh fiel, mas expande e preenche as lacunas do livro. bjossss

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  18. Li o livro a muitos anos, e quando a série lançou, não me aguentei, precisei maratonar e devorei ela toda em um único dia. É um assunto mega delicado pra mim, porque eu sou uma Hannah Baker e já fui um porquê, eu tenho depressão e já passei por várias coisas que quase me levaram ao caminho que Hannah seguiu. É horrível, mas é necessário que esse assunto seja abordado e esteja tomando tamanha proporção. Parabéns pelo post, falem mesmo e que outras pessoas também falem sobre. <3

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    1. Exatamente. É dificílimo se olhar no espelho e se tocar que sofremos e fizemos outros sofrerem. Aconteceu o mesmo comigo. Que bom que gostou do post. Bjosss

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  19. Olá! Parabéns pelo tema do "post", muito actual e que vocês abordaram de forma séria, mesmo tratando-se da história de uma série de tv. Todos os dias se ouve falar de casos de bullying, de violência gratuita de adolescentes para com adolescentes e que muitas vezes quando não há o acompanhamento preciso, acaba por levar a desfechos extremos. É um assunto que merece grande reflexão e intervenção por parte das autoridades competentes (incluindo psicólogos), porque se trata de um assunto muito sério. Em Portugal tb já vão surgindo alguns casos nas redes sociais que nos deixam atónicos...
    A série (e livro) deve ser muito forte mesmo!
    Bjs

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    1. A vida imita a arte. A série causa esse mal estar, e já promoveu uma conscientização quanto as causas do suicídio entre jovens. Acho legal que não romantiza o suicício, inclusive no documentário eles disseram que mudaram a causa da morte da Hannah pra colocar algo dolorido. Morrer com comprimidos eh facil, vc simplesmente dorme. Agora a causa q colocaram na série causa mais repulsa. Em Portugal, Brasil, Eua. Só n temos armas aqui, imagina se tivéssemos... bjossss

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  20. Oi! Tudo bem?

    Adorei o post, pretendo ler e assistir. Os assuntos são importantes.

    Amo teu blog!

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    1. Obrigada!!! Pelo elogio ao post e ao blog, mesmo que o blog seja da Alice ahahaha Esses assuntos são mesmo importantes. Se essa série, se esse post impedir que uma pessoa chame depressão de mimimi, e faça com que apenas uma pessoa ligue para pedir ajuda a uma rede de valorização da vida, já é uma vida salva.

      bjosss

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  21. ainda estou vendo a serie, achei incrível como ela aborda o tema do suicídio de hanna, pois pequenas coisas podem gerar grandes consequências.

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    1. Exatamente! São pequenas coisas que vão interferindo na vida das pessoas e levando-as ao extremo. A série em si, é muito importante. Bjs!

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  22. Olá meninas! Primeiramente quero dizer que fui do time dos góticos que ficavam invisíveis na turma, literalmente. Sabe quando você sorri para não demonstrar que estava vulnerável? Então. Por isso que eu digo que meu lado Hannah não fez como na música Pulsos da Pitty "tenta achar que não é assim tão mal, exercita a paciência. Guarda os pulsos pro final, saída de emergência" graças ao poder da música. Anyway, agora quero falar sobre o seriado. Não sendo time do contra mas euzinha poderia listar 13 motivos por não ter apoiado a série em si. 13 Reasons Why mostra o quão ruins podem ser as pessoas e o pior, que fazem simplesmente por diversão e prazer. Isso é terrível! Concordo quando muitas vezes somos a Hannah e muitas vezes somos os algoz, bullying é algo tão delicado que deveria ser tratado com mais seriedade pela justiça do país. Infelizmente a série é romantizada à nossa realidade. Na vibe norte americana, é tudo um pouco mais clean culturalmente, perceberam? Quando eu era mais nova, achava que minha defesa era ser agressiva. Fui diagnosticada com síndrome do pânico e depressão. Tudo porque queria ser magra. Sempre fui gordinha, minha falta de alto estima tá aí para dizer o quão afetada sou por "Ela tem um rosto tão lindo, pena que é gorda". Tem um filme do meu gênero favorito (você deve saber qual) que eu acho que todo mundo deveria ver que é O ABC da Morte, uma antologia que vai mostrando vários curtas com letras do alfabeto de uma forma tão nua e cria que chega a ser perturbador. Num deles, a letra X para XXL mostra o que uma gordinha afetada pela mídia e comentários maldosos faz com o próprio corpo para ficar "perfeita", aí eu penso no impacto que um filme desse faria com quem não tá bem emocionalmente para ele. Mesma coisa que acho de 13 Reasons Why, longe de mim falar mal, eu gostei da série e devorei ela em um dia só, mas fiquei com aquela sensação de "cadê? tem mais aí", sabemos que tem muito mais aí que não pode ser fechado os olhos. Sabem os coleguinhas que não se encaixam nos populares? Eles podem ficar se mutilando escondido. Eles podem estar enfiando alguma droga para esquecer o dia terrível. Eles podem nesse exato momento estarem se vingando de seus carrascos sem saber que isso só vai aumentar o vazio por dentro. Muitos podem não resistir. Assim como a Hannah não resistiu. Meu Deus como eu queria atravessar a tela do notebook e dar um abraço nela, gritando: "Hey, estamos aqui! Você é suficiente. Você é um ser humano. Não desmoreça". Eu vivo 24H no twitter e vejo que estão romantizando a história num nível de falarem "Queria que minha vida fosse como a da Hannah" tipo, WHAT THE FUCK? Realmente, a pessoa tem que estar muito bem para assistir a série sem ficar com esse buraco no peito. No meu caso, o buraco no estômago. Não sei se estão entendendo o que quero dizer, meu ponto é que muitas lacunas deveriam ter sido preenchidas com incentivos de auto-suficiência.
    É uma abordagem muito perigosa e foi feita, de certa forma, errada, assisti tudo de uma vez esperando ficar "pesado" como muita gente falou mas acabei foi ficando ainda mais triste, triste por saber que uma vingança e uma justiça vinda pelos mocinhos não é bem o que acontece na vida real. Me perdoem caso eu tenha excedido de minha parte. Talvez eu não tenha conseguido me expressar bem sobre o assunto de 13 Reasons Why então peço que vejam os vídeos "O Que Você Não Quer Ouvir" e "Depressão & Síndrome do Pânico — O Que Eu Vivi" no Youtube, é interessante para complementar o assunto.
    Simplesmente amei o modo como preparam e abordaram o tema na postagem, ficou tão gostoso de ler que nem percebi que estava chegando ao fim. Haha. Façam mais posts assim, tenho certeza que muita gente adorou. E Lari, estou simplesmente viciada na tua história. ♥ Beijos.

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    1. Eu concordo e discordo ao mesmo tempo. Eu nunca lutei com a balança, e lutei. Sabe aquela pessoa q n eh gorda nem magra, mas q se comer engorda? Eu sofri bullying em outros niveis. Intimidacao. Ameaça de perder amigos. Desde os 7 anos de idade. Só parou aos 11 qdo enfrentei uma garota da minha sala. E aos 13. Mas n ficoi tudo bem. Eu me sentia sozinha. Sabe aqjela coisa de o cara chegar em vc por causa de uma aposta? Pois eh.

      Cara, quem diz que queria ser Hannah só pode ter algum retardo mental. Só um problema cognitivo grave justificaria o nivel de falta de compreensao do ponto. Eh tipo, corre que vc perdeu o ponto, filho. Ou como disse a Hannah sarcasticamente falando q o Clay e a questao eram estranhos. A garota eh depressiva, pesada empcionalmente (embora eu odeie esse termo) ate o Tony falou q n conseguia aguentar ela as vezes. E n pq ela seja ma pessoa, mas pq essas coisas acontecem com ela.

      Eu senti um mal estar enorme ao ver a serie. Me senti sozinha. Vc ëlevada de volta a essa epoca obscura, q de romantica n tem nada. A escola pode ser um inferno. As pessoas te destroem pq n gostam da sua aparencia ou pq tem inveja, se vc eh cruel ou se eh boazinha.
      A coisa do machismo, de ela ir perdendo aos poucos a identidade. O Bryce, meu, q nojo daquele psicopata. O cara eh capaz de agir como amigo e fazer o q fez.

      N acho q vc se excedeu, e vc eh bem vinda a postar textao (aaaaamo ler textao nos comentarios). que bom q ta gostando do meu livro. Da um oi por la pra eu saber em q cap ta. bjosssss

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    2. E eu era a nerd. N nerd de notas boas, mas desajeitada socialmente. N era feia mas n me arrumava. E meu gosto musical n era dos mais convencionais... Alem de ser timida e esconder isso na agressividade. Eu tinha verdadeiro pavor q soubessem com qm eu tinha ficado por motivos de fofoca. meu primeiro bjo, se eu fosse a Hannah, teria sido uma razao, pq o cara foi um babaca depois.

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  23. Adorei o post, é com certeza o mais completo sobre a série que eu já li. Tô terminando de ler o livro e doida pra assistir a série!!

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    1. Poxa, é muito bom ler comentários como este. Tentamos dar o nosso máximo e que bom que alcançamos nosso objetivo, que era proporcionar um post beirando o completo sobre a série. Assista, espero que goste! Bjs!

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  24. oi!!
    Eu não li o livro e ainda não vi a serie, mas o assunto é muito serie e deve ser discutido. Existem vários jovens que passam pela mesma situação e que infelizmente chegam ao extremo de se suicidar...
    bjo

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    1. Oi Joana... Infelizmente, existem muitos jovens que acabam com sua vida na flor da idade, e isto é muito, muito triste. O assunto que a série aborda tem sim que ser discutido e comentado, pois é muito relevante! Bjs!

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  25. Me indicaram essa série e quando eu descobri que a Selena seria a produtora fiquei mais curiosa ainda para assistir e eu vou, mas primeiro eu quero muito ler o livro para ver se os diretores foram fiéis ao livro. Eu amo os originais da Netflix. Adorei seu post só não gostei da parte do aturar Justin Bieber...

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    1. Foi fiel e n foi, o q eh uma coisa boa. As mudanças q foram feitas foram excelentes. Sobre o Justin Bieber... sorry. Eu meio q brinco a respeito, e gosto n se discute. N eh uma coisa pra ser levada a serio. MESMO. Bjos

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  26. Respostas
    1. Ainda não tive a oportunidade de ler o livro, mas vi muitas pessoas comentando que a série foi bem fiel ao livro. Já é de se esperar que o livro seja fantástico, pois com essa história como pano de fundo, seria meio impossível não ser! Bjs!

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  27. Estou desejosa do livro mas estou assistindo à série primeiro e por sinal é muito bem feita e alicerçada. Um gol de placa na minha opinião. Entre as inúmeras coisas que eu poderia dizer aqui, eu escolhi dizer que sinto falta das fitas k7 =) Acho que sou nostálgica.

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  28. Nossa, série muito boa pelo que li na resenha.

    Destaco:

    A pessoa que recebeu as gravações deve escutá-las até o final. E depois, passá-las a diante. E, caso pense que pode simplesmente se livrar da coleção maldita, pode saber que alguém de total confiança da Hannah possui duplicatas, que levará a público se as regras não forem cumpridas. Mas, se as fitas passarem de mão em mão, de um envolvido para o outro, apenas essas pessoas saberão do seu papel no suicídio da garota.

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    1. A série é muito forte Rob, te faz refletir sobre várias coisas do nosso dia a dia, sobre as nossas dores e sofrimentos na fase escolar. A Netfliz dessa vez se superou! Espero que possa ver em breve! Bjs!

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  29. Oi.

    Vou terminar essa semana, comecei a ver o primeiro episódio no fim de semana, mas não consegui assistir toda a série. Quero muito ver tudo, estou bem empolgada. Adorei o texto, ainda não tinha lido nenhum sobre a série, estava tentando não ler nada sobre ela antes de terminar a temporada.

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    1. Olá,
      A série só vai melhorando com o passar dos episódios, tenho certeza que você irá gostar bastante! Espero que te aça refletir tanto quanto me fez! Bjs!

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  30. Olá meninas,
    Que analise mais completa e reflexiva, parabéns.
    Li o livro há pouco tempo e, bem, tenho ressalvas com relação a obra. Veja, acho ela ótima, bastante reflexiva, entendo que a Hannah sofreu demais com tudo de ruim que fizeram com ela, mas, não sei se pro minha criação, ou por ter sofrido algo assim. Quando era mais nova, tinha peitos maiores que o normal e muitos me criticavam. Depois, mudei para uma escola pública, no meio do período e era tachada como patricinha, metida a besta e peituda. No começo, só queria ficar quieta, mas, aí, fui dando para as pessoas o que queriam; contando as mentiras que precisavam, enfim. Não me vejo cometendo suicídio, mas entendo quem o faz.
    Espero ter a oportunidade de assistir essa série em breve.
    Beijos

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    1. Oi. Não entendi muito quais as ressalvas. Eu pessoalnente achei o livro curto demais. A série consertou alguns buracos e nos permitiu vermos pela otica de outros personagens. A questao eh. Muitos de nós sofremos bullying. A resposta ao sofrimento cada um sabe. Eu não fiz nada como a Hannah, mas tive un ensino medio horrivel. Por outro lado alguem q esteja se identificando com os sinais da Hannah está podendo pedir ajuda...

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  31. Eu vi o seriado no fds em que estreou, não consegui parar de assistir até finalizar e quando acabou senti um vazio esmagador. E me sinto trsite toda vez que vejo alguns comentários que dizem que a personagem não conquistou ou os motivos não eram fortes o suficiente. É triste ver que as pessoas não entendem o quanto somos diferentes um do outro. Eu sofri com apelidos e nem de longe tentaram me bater e humilhar, mas só pq eu aprendi e tive coragem suficiente pra revidar na hora. Tem gente que não consegue nucna. Temos de entender que somos diferentes, cada um tem a sua reação e pra alguns a reação é terminar de vez com a dor. A série pra mim foi muito boa e me fez pensar bastante.

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  32. Olá, ainda não assisti a série mais pelo que li deve ser muito boa, fiquei interessada em conhecer.
    Bjs, blog encrespa

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    1. É mesmo muito maravilhosa! Os assuntos abordados são muito importantes para a nossa atualidade!

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  33. Olá,
    parabéns pela análise, porém, ainda não encontrei o que procurava, qual foi o erro de Clay?
    Identifico-me profundamente com o Clay. Mas não, isso não é positivo, me identifico na forma como ele age e nos problemas que ele possui. Ansiedade e pânico, medo de agir e falar, de não ser correspondido ou de magoar. Não sei se entendi qual foi o papel do Clay na morte da Hanna, mas do meu ponto de vista, foi o simples ato de fazer o que ela pediu mas não ter coragem de expor os seus sentimentos, falar o quanto amava ela.
    Desde que terminei a série, fico me perguntando "Posso eu, ser o "Porquê" de alguém um dia?". A algum tempo venho tomando todas as atitude da minha vida de forma pensada, cada palavra e ação, sendo revisadas diversas vezes na cabeça, "devo falar isso?", "O que seria melhor?", isso me consome, sendo feito a todo instante. Constantemente tenho medo de magoar (pois sinto que deixei muitas pessoas tristes), não consigo sentir amizade dos outros, pra mim, sempre decepciono as pessoas, e ninguém gosta de mim, somente me tolera por obrigação. Acho que vou parar aqui, ficaria uma eternidade escrevendo tudo oque passa na minha cabeça.
    Talvez as pessoas nem sejam tão complexas assim, e o único problema sou eu!

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    1. Olá,
      Se você é um problema, pode ter a plena certeza que também sou. Me sinto exatamente igual a você, vivendo em um mundo no qual sinto apenas que as pessoas me toleram e que elas jamais irão conseguir perceber os meus sentimentos. Sinto como se tivesse deixado pessoas partirem da minha vida sem ao menos ter a chance de dizer o que eu sentia por eles, e sim, também sou um Clay.
      Quanto ao seu questionamento em relação ao Clay, é exatamente isto, ele não demonstrou seus sentimentos enquanto tinha a Hannah por perto, ele a deixou ir, não mostrou que tinha alguém fora da sua família que a amava e a queria tão bem. Não te conheço, mas como temos "problemas" bem parecidos, vamos fazer um trato?
      A partir de agora você não guarda seus sentimentos para si, você irá compartilha-lo com o próximo, com todos. E irei fazer o mesmo. Sei como o medo de não ser correspondido causa dor, mas pode ter certeza que é pior quando não tentamos. Não seja como eu que deixei uma pessoa ir embora e sei que não a terei de volta. Lute! Vamos lutar juntos!

      E por fim, somos todos complexos!

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    2. Pra ser sincera eu n gostei, nem no livro, de a Hannah incluir o Clay nas fitas. "Vc n pertence a essas fitas"entao pq deixou o garoto pirar achando q ele tinha culpa no cartorio? Pq ele n respondeu do jeito q ela esperava. Mas agiu exatamente do jeito q ela pediu. Gente, o garoto tinha 16 anos. Como ela podia esperar que ele pensasse alem do que ela pediu, e ficar frustrada quando ele nao conseguiu? Foi o unico momento da serie toda em que eu fiquei um pouco irritada.

      Sim, nós deviamos expressar mais nossos sentimentos, e ele errou outras vezes durante a fita. Acho que quando ele julgou ela com base na "reputacao" qdo falou com ela naturalmente so qdo estavam sozinhos, isso sim merecia uma fita. Quando ele olha aquela foto do parquinho e faz aquele comentario... nossa q odio q me deu.

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    3. Olá,
      Sou eu, o mesmo anônimo do início do post!
      Ontem conversei durante muito tempo com a única pessoa a qual confio a mts anos em dizer td oq penso, e sinceramente é até um pouco engraçado, levando em consideração que toda vez que começamos a falar de alguma série ou livro, que de alguma forma me tocou, acabamos por falar dos meus sentimentos.
      Disse para ela o quanto me incomodava por algum motivo me tornar um "porquê" igual Clay. Ela me disse algumas coisas que realmente são verdades, e acho que todos que passam por esses problemas sabem quais são as soluções, mas o difícil e alcançar tal ato.
      Segue o que ela disse:
      "Porque ele sentia demais e foi de menos, acho que por agora é o que eu vejo. Somos o que precisamos no momento, amar, mesmo que o mínimo possível, não é algo a ser deixado para depois. Quem precisa não precisa depois, acho que pensar que a nossa covardia em sentir e expressar pelo outro é muito mais egoísmo por medo de como aquilo vai nos atingir do que pela forma em que alguém vai receber isso. Ela se suicidou porque sentia muito ao mesmo tempo que não sentia nada, havia um lado ruim que transbordava e um lado bom cheio de ausências, ele não foi capaz de transbordar o lado bom dele e foi isso que faltou nela. Só restou o lado ruim para se afogar."
      Citei também, termos como "gatilho", acho que por hora deixo de falar de Hanna, e sim de nós. Quantas vezes você já não assistiu um filme ou leu um livro, em que se identificava de forma tão profunda, ao ponto de sentir felicidade e tristeza conforme era mostrado?
      Falei sobre "As vantagens de ser invisível", em que Charlie se sente tão sozinho e perdido no mundo. Em um momento ele encontra a Sam e o Patrick, e eles são o "BOOM" na vida dela, a intensidade que ele precisava, como se fosse o gatilho necessário para que todo o mundo fosse visto de forma diferente. Finalmente ele passa a sentir o seu próprio infinito.
      Será que um dia, eu vou ser capaz de encontrar a minha Sam e sentir o mundo de forma infinita? E quando fazer pelo outro vai deixar de ser um debate interno de sentimentos?
      Pensando agora, acho que gatilhos não são reais, não devemos esperar as atitudes do outro, para que tenhamos coragem de tomar as nossas, devemos agir por vontade própria, por amor ao outro, e não por egoísmo com medo do que os outros vão pensar.
      “Amar, mesmo que o mínimo possível, não é algo a ser deixado para depois”.

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    4. Essa questão do gatilho está gerando a maior polemica. Li relatos de pessoas q estao reclamando da serie por causa dos gatilhos. Sinceramente, eh bem complicado. Como eu disse, gostei q a serie apresentou a Hannah como alguem tridimensional, que n estava bem. Ela colocar o clay nas fitas, mesmo q falando q ele n pertencia a elas, me deixou brava. As fitas foram triggering pra ele, q n fez nada contra ela. O garoto passa a ter pesadelos, perde o controle emocional. Ele n amar o tanto q podia eh uma pena, mas pra ele. O garoto de 16 anos sofre q nem condenado, primeiro pela morte dela, depois pela antecipacao da sua culpa. Ela não estava bem, e concordo que os motivos em alguem q esteja fragilizada, podem ser ainda pior. Mas n eh justo responsabiliza-lo como um dos motqivos, assim como eh injusto idealiza-lo ao ponto de esperar uma reacao dele q seria irreal. Ela pediu pra ele sair, ele saiu contra a vontade. E depois foi penalizado por respeita-la. Por ser o unico q sabia q n era n!. digamos q a Hannah n se suicidasse. Será que os dois ficariam bem juntos, com todos os problemas dela? eu concordo q a falta de empatia podem destruir alguem. Alguns personagens das fitas me deram mto nojo. Mas se os dois ficassem juntos, n era garantia de ela viver. É algo rm q pensei.

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    5. E sim, as vantagens de ser invisivel tem uma pegada parecida. O melhor amigo do charlie se matou, e ele tem crises ao longo da historia. No final inclusive (spoiler)


      quando a sam toca nele, ele recebe um triggering de como a tia o tocava e da culpa q ele sentiu por desejar q ela morresse. Chega ate a pensar em suicidio.

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  34. Ei meninas!
    Adoro esses posts com mais de uma opinião, e curti muito as de vocês. Eu assisti o seriado no fds passado, depois de tanto ver na minha timeline, acabei me rendendo, mas confesso que não assisti os dois últimos.
    A série é bem sincera e bem pesada, principalmente para pessoas que sofrem algo psicológico e acabam sendo mais sensíveis a esse tipo de coisa, e assumo que sou uma delas kkkk, então dei uma pausa, e logo mais encerro essa saga.

    Beijokas

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    1. Concordo em genero, numero e grau. N da mesmo pra assistir se estiver mais fragilizado, com uma depressao grave ou algo do tipo. Por isso que coloquei aviso de triggering.

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  35. Olá, meninas.
    Adorei a resenha de vocês está super dinâmica. Eu li o livro há alguns anos e não gostei muito, na verdade, estava na lista de um dos que eu menos gostei.
    Mas ao saber que iria ser adaptado, eu fiquei bem feliz, já que é uma boa história e se tivesse produtores competente, poderia fazer bastante sucesso se contado de uma boa forma.
    Fiquei feliz com toda a repercussão que este seriado teve e por saber o tanto que está ajudando algumas pessoas, está livrando muitas pessoas de suicídio e abrindo os olhos de outras para não ser um "por quê" de ninguém.
    Ainda não assisti ao seriado, mas assim que tiver um tempinho o irei faze-lo e espero muito gostar!

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  36. Na minha opinião, essa série traz debates interessantes, porém algumas coisas são feitas de maneira irresponsável.

    Primeiro porque ela foi construída de uma forma que produz o Efeito Werther, que é um fenômeno psicológico em que obras de ficção ou notícias sobre suicídio podem estimular outras pessoas a cometerem o ato.

    A OMS faz algumas recomendações para que esse efeito não ocorra, entre elas é vetada a divulgação de bilhetes de suicídio ou descrever em detalhes como o ato ocorreu. Só que 13 Reasons Why inteira é um grande bilhete de suicídio e eles não só descrevem em detalhes como o ato ocorre, como praticamente fazem um tutorial.

    É claro que a série ainda poderia ser assim, mas deveria deixar bem claro logo no primeiro episódio que ela não é recomendada para pessoas em situações emocionalmente vulneráveis, mas não o faz. Eles se atentaram a isso apenas na segunda temporada.

    Enfim, tem coisas positivas e negativas. A segunda temporada na minha opinião foi bem desnecessária e ainda deram gancho para mais uma possível terceira que na minha opinião é too much kk. Você poderia escrever sobre ela depois! ;)

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    Sobre mim:
    Jovem estudante entusiasta de Psicologia que sofre com Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). No meu blog você vai encontrar desde artigos técnicos informativos de Psicologia, Psicanálise e Saúde Mental, a também reflexões, desenhos e poemas de minha autoria.

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Alice Martins

Oie! Sou a Alice, tenho 27 anos, sou Mestra em Engenharia de Produção, Pós-graduada em Revisão de Texto e Graduanda em Letras. Leio todos os gêneros literários, mas tenho um apego pelo romance (dramático, dark e hot) e pelo suspense. Sou viciada em música, série e açaí. Atualmente, trabalho com revisão literária e tenho um podcast de true crime/suspense com uma amiga. Me acompanhe nas redes e venha compartilhar amor comigo!




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